segunda-feira, 16 de abril de 2012

Núcleo Paraíba da RJNE realiza planejamento de atividades 2012



Nos dias 14 e 15 de abril, reunidas em Campina Grande, as entidades que compõem o Coletivo da Rede de Jovens do Nordeste na Paraíba organizaram um planejamento de atividades para o próximo período. Estiveram presentes representantes da PJMP, PJR PJ, REJU, MAC, AJURCC, OJIP, AJN, CASACO, MULINGA.

A atividade teve um momento de análise da conjuntura da luta dos movimentos sociais e das juventudes. Para Kleitinho Albuquerque é fundamental o exercício de estudar a realidade. “Acredito que conhecer a realidade de onde estamos inserido e as relações dos sujeitos nesse espaço, nos faz refletir e analisar nossas ações, potencializando e qualificando-as. Fazendo com que tenhamos uma atuação mais objetiva com resultados reais”, afirmou Kleitinho que coordenou a RJNE/PB até o último sábado.

Os participantes avaliaram as atividades realizadas em 2011, observando que houveram muitos feitos positivos para a articulação das juventudes do Nordeste com atividades como o Intercâmbio de Jovens Rurais, promovido em Cabaceiras, no mês de junho de 2011.

Também foram discutidos e encaminhadas atividades referentes à participação na Cúpula dos Povos na Rio +20; no Festival Latino Americano das Juventudes;  e na atuação da RJNE em espaços como os Conselhos Estadual e Nacional de Juventude.

Outro momento foi a eleição dos novos representantes da RNJE/PB. Jéssica Barbosa de Campina Grande e Matheus Firmino de João Pessoa foram escolhidos como coordenadores da RJNE/PB para o próximo biênio.

Para Jéssica Barbosa “O coletivo estadual da RJNE foi de suma importância pois reuniu as representações dos sub-núcleos Borborema, Brejo, Litoral e Cariri, articulando as demandas para as ações neste ano. O primeiro dia de atividade trouxe uma boa analise de conjuntura além da avaliação das atividades da rede, o que fortaleceu o planejamento realizado no segundo dia, nos motivando a assumir com boas perspectivas as articulações de atividades construídas”.

Fonte: Pastoral da Juventude Rural

segunda-feira, 26 de março de 2012

Autonomia Camponesa frente ao agronegócio PDF Imprimir E-mail
Escrito por Da Redação   
Seg, 26 de Março de 2012 20:12
Em entrevista ao Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA, Horácio Martins de Carvalho (foto), fala da importância dos camponeses construírem sua autonomia em frente ao agronegócio.


CAMPONESES E MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO

Quais as tarefas dos camponeses na construção de sua “autonomia” frente ao modelo do agronegócio?

A construção da autonomia relativa dos camponeses perante o capital tem como uma exigência política que o próprio campesinato seja capaz, via as suas mediações de representação de interesses (organizações e movimentos sociais e sindicais), de se constituir como classe social. Para tanto, é importante, senão indispensável, que compreenda a sua relação contraditória de classe com as diversas frações de classe do capital, seja a burguesia bancária, a industrial, a comercial e ou a agrária.

É na prática cotidiana de enfrentamento do capital que o campesinato se constrói como classe social. A autonomia relativa do campesinato perante o capital expressa a possibilidade efetiva dos camponeses de se reproduzirem socialmente sem dependerem da empresa capitalista, ao menos na maior parte das suas realizações até que se possa construir um Estado popular que supra suas necessidades de instrumentos de trabalho como as máquinas e implementos e amplie o seu contingente de camponeses pelo acesso à terra via uma reforma agrária popular.

Nessa perspectiva são diversas as tarefas para se alicerçar a construção da autonomia relativa camponesa perante o capital, este materializado na burguesia. É recomendável, contudo, se agrupar tais tarefas em dois níveis: as tarefas estratégicas e as tarefas táticas.

As tarefas estratégicas, em geral de médio e longo prazo, deveriam ser elaboradas a partir das questões estruturais concernentes com a reprodução social do campesinato numa formação econômica e social onde o modo de produção capitalista é dominante e hegemônico. Tais tarefas estratégicas seriam, então, definidas historicamente pela dinâmica das relações de classe sociais contraditórias entre o campesinato e as diversas frações de classe da burguesia (burguesia industrial, bancária, comercial e agrária).

Nessa perspectiva, os camponeses deveriam se identificar como sendo uma classe social diferente do proletariado e da burguesia. E a partir daí serem capazes de definir seus interesses de classe que teriam como centralidade a reprodução social da família camponesa. Esse interesse estratégico da classe camponesa é inteiramente distinto do interesse central da reprodução social capitalista que tem como centralidade o lucro.

Ao se considerar que há distinção entre a centralidade de reprodução social da família camponesa e aquela da empresa capitalista no campo (o lucro), estar-se-ia assumindo que a lógica da reprodução social do campesinato é inteiramente distinta daquela da empresa capitalista. Portanto, pode-se afirmar que há uma especificidade camponesa, uma lógica própria que orienta e conduz a sua reprodução social e é, nessa perspectiva, distinta --- e mesmo contrária, à racionalidade de reprodução social capitalista, esta baseada na exploração do trabalhador assalariado e, via as trocas comerciais nos mais distintos mercados, do campesinato.

Dois eixos centrais poderiam orientar as estratégias camponeses, capazes de construir  autonomia relativa o camponês perante o capital: o primeiro,  seria construir uma base recursos autogerida, capaz de tornar o camponês menos dependente dos insumos de origem industrial (prática de outro padrão tecnológico);  o segundo residiria na relação camponês com a natureza onde a coevolução estivesse presente (evolui a produção camponesa mas evolui a natureza no sentido da sua preservação e melhoramento).

As tarefas táticas seriam aquelas que se estabelecem nas relações entre o campesinato e o Estado. São as tarefas pautadas pela reivindicação de políticas públicas favoráveis ao campesinato e o protesto contra a discriminação dos camponeses no acesso às políticas públicas e à afirmação de seus direitos como cidadãos. É no exercício das tarefas táticas que os camponeses acumularão forças para se constituírem politicamente como classe social.

Qual papel dos movimentos camponeses em uma conjuntura de avanço do modelo agrícola hegemoneizado pelo agronegócio?

O papel mais relevante esperado dos movimentos e organizações sociais e sindicais camponesas é a afirmação da sua especificidade camponesa. Significa negar que os camponeses não possuem identidade social, mesmo se contemplando a ampla  diversidade de formas de se relacionar tanto com a natureza como socialmente: proprietários de terras, posseiros, arrendatários, parceiros, foreiros, etc. Ao afirmarem a sua especificidade como camponeses, portanto, como famílias que tem como centralidade no processo de produção a sua reprodução social, sendo ao mesmo tempo os que decidem sobre a alocação da força de trabalho familiar e os que usufruem dos resultados obtidos, deixam de se confundirem com os pequenos burgueses (fração da burguesia) ou  como proletários. São camponeses.
Essa afirmação da especificidade camponesa e da sua construção política como classe social demanda que o campesinato tenha um projeto de construção de um outro tipo ou modelo de agricultura para o país. Ao negarem o modelo agrícola hoje hegemoneizado pelo agronegócio necessitam afirmar uma outra proposta que nega a atual e construa um novo modelo de relação homem-natureza e homem-homem.

Nessa perspectiva, as dimensões econômica, política e ideológica devem estar integradas. Significa dizer que os camponeses, com o apoio do proletariado rural e urbano, devem ser portadores de uma concepção de mundo distinta da capitalista. A construção dessa nova proposta é a tarefa estratégica principal dos movimentos e organizações sociais e sindicais camponeses. Isso porque sem essa perspectiva de médio e longo prazo para a luta social camponesa as tarefas táticas tornar-se-ão dispersas e o acúmulo de forças no sentido da realização dos interesses de classe dos camponeses (e mais amplamente camponês-proletariado) serão mínimos e insuficientes para mudarem a correlação de força política de classe em presença num determinado contexto.

A prática de um outro padrão tecnológico como a da agroecologia é importante porque proporciona ações imediatas de mudanças no interior da unidade de produção camponesa, assim como no seu produto, de maneira que a negação do padrão tecnológico dominante se efetue não apenas na concepção teórica, mas na prática concreta da produção. Nesse sentido a produção e renovação dos recursos autogerados (produção interna na unidade de produção ou na cooperação entre camponeses num território dado) é de fundamental importância.

Qual deve ser o caráter da luta dos movimentos camponeses frente ao Estado brasileiro que é o grande financiador do agronegócio?

É sempre bom recordar que o Estado é o financiador, assim como a base política e ideológica de reprodução do agronegócio. Mas, não é o agronegócio. Ainda que enfrentá-lo, seja no nível das políticas públicas seja no âmbito do poder legislativo, é por demais importante, não se deve descuidar da luta direta contra o capital no campo. É uma luta que se realiza nas diversas dimensões: a econômica (outro padrão tecnológico e de produção), a política (proposição de outras políticas públicas e de legislação a favor do camponês) e a ideológica (concepção de mundo e novo modelo para a relação homem-natureza).

Com relação ao Estado, e em particular com os poderes Executivo e o Legislativo, é indispensável sempre combinar propostas camponesas com as reivindicações e os protestos. O eixo da luta é afirmar propostas econômicas e políticas objetivas de afirmação do campesinato, e se exigir que os governos as cumpram. Um campesinato, ou suas instituições de mediação de interesses, que não tenham propostas de políticas públicas e de legislação para a realização dos seus interesses de classe, fica sempre a reboque da racionalidade dominante que prevê, num processo de dominação-hegemonia, políticas sociais para os outros, sejam eles os camponeses e ou os proletários, no sentido da cooptação pelo alto e para exercer a dominação.

A reivindicação e o protesto vêm depois de esgotadas as ações de afirmação das propostas camponesas. Reivindica-se a concretização do que se sugeriu ou se propôs. E se os governos ou o legislativo não cumprem o que se havia acordado, é o protesto a forma mais usual. Mas, tudo deve partir de proposições, sejam elas estruturais sejam conjunturais. As proposições têm caráter afirmativo, positivo, que educa o próprio campesinato e faz com que ele se sinta sujeito das ações sugeridas. Elas constituem um começo que sempre se renova. Reivindicação e protestos são complementos da ação de proposição. São elos de uma mesma cadeia de acontecimentos nas relações campesinato com o Estado.

A negação do modo de produção capitalista presente no campo se faz não apenas pelo discurso sobre o que ele tem de pior, pela exploração que estabelece nas relações sociais de produção, pela depredação do meio ambiente e pela oferta de produtos e subprodutos contaminados. A negação se faz pela afirmação de um novo projeto ou modelo para o campo. È a proposição que permite a ação positiva de construção de um novo que nega o dominante.

Diria que, em síntese, o caráter da luta dos movimentos camponeses perante o Estado deve ser de proposições afirmativas da especificidade camponesa e das exigências que essa especificidade requer. Afirmar que o campesinato é uma classe social e que, portanto, têm interesses de classe que se confronta com os interesses de classe da burguesia. É uma afirmação portadora de um não à conciliação de classes imposta pelas classes dominantes e pelo Estado.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Resolução Conjuve que publica resultado da habilit...

Pautas da Agenda Sociedade Civil: Resolução Conjuve que publica resultado da habilit....

Resolução Conjuve que publica resultado da habilitação para eleição no Conjuve



S E C R E TA R I A - G E R A L
CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 19 DE MARÇO DE 2012
Publica a relação final das instituições candidatas
HABILITADAS - QUADRO DE
VAGAS POR CATEGORIA e relação de
instituições NÃO HABILITADAS para a
Assembléia de Eleição da Representação da
Sociedade Civil do CONSELHO NACIONAL
DE JUVENTUDE para o biênio 2012/2013.

DOU de 21/3/12, PR, pág. 2.


Art. 1º - A Mesa Diretora do CONSELHO NACIONAL DE
JUVENTUDE - CONJUVE, no uso das atribuições legais estabelecidas
na Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005, que criou o
CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE, no Decreto nº 5.490,
de 14 de julho de 2005, no Regimento Interno do CONSELHO
NACIONAL DE JUVENTUDE, de 23 de setembro de 2005, e na
deliberação da Comissão Eleitoral do CONJUVE, em cumprimento
ao disposto no Art. 25 da RESOLUÇÃO Nº 02/2012, de 23/01/2012,
publicada no Diário Oficial da União, seção 1, em 09/02/2012,torna
pública a relação das instituições candidatas HABILITADAS, QUADRO
DE VAGAS POR CATEGORIA e relação das instituições candidatas
NÃO HABILITADAS para a Assembléia de Eleição da Representação
da Sociedade Civil do CONSELHO NACIONAL DE
JUVENTUDE para o biênio 2012/2013, que se realizará no dia 12 de
abril de 2012, em Brasília.
Parágrafo Único: Somente estarão credenciadas para a Assembléia os/as
representantes das instituições habilitadas mediante
apresentação de documento oficial com fotografia, respeitando os
limites de idade, conforme artigos 11 e 14 da referida Resolução.
Art. 2º - As organizações poderão enviar recursos, solicitando o reexame
deste resultado, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a
partir da data da publicação desta Resolução.
Art. 3º - As organizações podem solicitar a alteração de seu
representante, inicialmente indicado, até o prazo de recurso estabelecido
no Art. 2º.
Art. 4º - Conforme art. 35, da Resolução nº 02/2012, a
Comissão Eleitoral poderá solicitar, se necessário, outras informações
e/ou documentos.
Art. 5º - As candidaturas enviadas com postagem até o dia
12 de março de 2012 e que, por ventura, não tenham sido ainda
entregues pela Empresa de Correios e Telégrafos - ECT, serão analisadas
na próxima reunião da Comissão Eleitoral, que ocorre nos dia
29 e 30 de março de 2012, sem o prazo para pedido de recurso.
Art. 6º - As candidaturas com postagem a partir de 13 de
março de 2012 não foram analisadas pela Comissão Eleitoral.
GABRIEL MEDINA DE TOLEDO
Presidente
ANGELA CRISTINA SANTOS GUIMARÃES
Vi c e - P r e s i d e n t e
Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Juventude
FRANCISDO RODRIGO JOSINO AMARAL
Secretário Executivo


1. Relação Final das instituições HABILITADAS

terça-feira, 20 de março de 2012

POLITICA DE EDUCAÇÃO NO CAMPO

Governo lança programa para implementar política de educação no campo

Postado por em 20 mar 2012 | Comente!

O Programanegr Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) foi lançado esta manhã no Palácio do Planalto. O Programa vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, Distrito Federal e municípios para implementação da política de educação do campo. A cerimônia de apresentação do programa contou com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
O programa atenderá escolas rurais e quilombolas. No campo, 23,18% da população com mais de 15 anos é analfabeta e 50,95% não concluiu o ensino fundamental. O Pronacampo baseará suas ações em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas, formação de professores, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica. Uma das ações previstas é a educação contextualizada, que promova a interação entre o conhecimento científico e os saberes das comunidades.
Mais de 3 milhões de estudantes receberão material didático relacionado à realidade do campo, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD Campo). O Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE) atenderá professores e estudantes, ao oferecer obras de referência sobre as especificidades do campo e das comunidades remanescentes de quilombos.
O programa Mais Educação, de apoio à educação integral, oferecerá atividades de acompanhamento pedagógico, práticas vinculadas a agroecologia, iniciação científica, direitos em humanos, cultura e arte popular, esporte, lazer, memória e história das comunidades tradicionais. A meta é atender 10 mil escolas com educação integral até 2014.
Professores – A formação de professores também receberá atenção especial, com oferta de aperfeiçoamento para professores do campo e de escolas quilombolas. Além disso, o Pronacampo apoiará a oferta de formação inicial, continuada e pós-graduação para professores, gestores e coordenadores pedagógicos que atuam na educação básica do campo.
Para reforçar a formação de professores, serão oferecidos cursos de licenciatura em educação do campo pelas instituições públicas de ensino superior. A Universidade Aberta do Brasil (UAB) expandirá 200 pólos para atender os professores do campo e serão destinados recursos de apoio à manutenção dos pólos por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola.
Adultos – Para desenvolver a educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica, o governo federal pretende expandir a oferta de cursos voltados ao desenvolvimento do campo nos institutos federais. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Campo apoiará a inclusão social dos jovens e trabalhadores do campo. Para isso, serão dedicadas 120 mil bolsas de estudo do Pronatec Campo.
O quarto eixo do Pronacampo trata da infraestrutura física e tecnológica das escolas. Até 2014, o programa apoiará a construção de 3 mil escolas, obras de infraestrutura e a aquisição de 8 mil ônibus escolares.
Além da estrutura física, o Pronacampo promoverá a educação digital e o uso pedagógico da informática nas escolas do campo e quilombolas. Também está prevista a instalação de recursos digitais em 20 mil escolas até 2014.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social – MEC


Ubirajara Figueiredo Sagueiro
COLETIVO ESTADUAL DE FORMAÇÃO-CUT-BA
PASTORAL DA JUVENTUDE RURAL-FEIRA
REDE DE JOVENS DO NORDESTE
Tel (75) 8142-2450
      (75) 9154-8663
      (75) 9942-7356
E-mail: ubrajaraf26@gmail.com
           u.bi.rajarafsa@hotmal.com
           www.pjr-fsa.bolgspot.com
           www.rjneba.blogspot.com

RUMO A REFORMA AGRARIA

Rumo à reforma agrária

por Frei Betto

Caiu mais um ministro, o do Desenvolvimento Agrário. Nomeado o novo: Pepe Vargas (PT-RS), que foi prefeito de Caxias do Sul por dois mandatos e mantém boas relações com o MST.

A esperança é que a presidente Dilma Rousseff tenha dado o primeiro de três passos urgentes para o Brasil não ficar mal na foto do “concerto das nações”, como diria o Conselheiro Acácio. Os outros dois são o veto ao Código Florestal proposto pelo Senado e uma nova política ambiental e fundiária que prepare bem o país para acolher, em junho, a Rio+20.

A questão fundiária no Brasil é a nódoa maior da nação. Nunca tivemos reforma agrária. Ou melhor, uma única, cujo modelo o latifúndio insiste em preservar: quando a Coroa portuguesa dividiu nossas terras em capitanias hereditárias.

Desde 2008, o Brasil ultrapassou os EUA ao se tornar o campeão mundial de consumo de agrotóxicos. E, segundo a ONU, vem para o Brasil a maioria dos agrotóxicos proibidos em outros países. Aqui são utilizados para incrementar a produção de commodities.

Basta dizer que 50% desses “defensivos agrícolas” são aplicados na lavoura de soja, cuja produção é exportada como ração animal. E o mais grave: desde 1997 o governo concede desconto de 60% no ICMS dos agrotóxicos. E o SUS que aguente os efeitos... nos trabalhadores do campo e em todos nós que consumimos produtos envenenados.

Os agrotóxicos não apenas contaminam os alimentos. Também degradam o solo e prejudicam a biodiversidade. Afetam a qualidade do ar, da água e da terra. E tudo isso graças ao sinal verde dado por três ministérios, nos quais são analisados antes de chegarem ao mercado: Saúde, Meio Ambiente e Agricultura.

É uma falácia afirmar que os agrotóxicos contribuem para a segurança alimentar. O aumento do uso deles em nada fez decrescer a fome no mundo, como indicam as estatísticas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tenta manter o controle sobre a qualidade dos agrotóxicos e seus efeitos. Mas, quando são vetados, nem sempre consegue vencer as pressões da bancada ruralista sobre outros órgãos do governo e, especialmente, sobre o Judiciário.

A Cúpula Mundial do Meio Ambiente na África do Sul, em 2002, emitiu um documento em que afirma que a produção mundial de alimentos aumentou em volume e preço (devido ao uso de agrotóxicos e sementes transgênicas). À custa de devastação dos solos, contaminação e desperdício da água, destruição da biodiversidade, invasão de áreas ocupadas por comunidades tradicionais (indígenas, clãs, pequenos agricultores etc.). Fica patente, pois, que a chamada “revolução verde” fracassou.

Hoje, somos 7 bilhões de bocas no planeta. Em 2050, seremos 9 bilhões. Se medidas urgentes não forem tomadas, há de se agravar a sustentabilidade da produção agrícola.

Diante desse sinal amarelo, o documento recomenda: reduzir a degradação da terra; melhorar a conservação, alocação e manejo da água; proteger a biodiversidade; promover o uso sustentável das florestas; e ampliar as informações sobre os impactos das mudanças climáticas.

Quanto aos primeiro e terceiro itens, sobretudo, o Brasil marcha na contramão: cada vez mais se ampliam as áreas de produção extensiva para monocultivo, destruindo a biodiversidade, o que favorece a multiplicação de pragas. Como as pragas não encontram predadores naturais, o recurso é envenenar o solo e a água com agrotóxicos. E com frequência isso não dá resultado. No Ceará, uma grande plantação de abacaxi fracassou, malgrado o uso de 18 diferentes “defensivos agrícolas”.

Tomara que o ministro Pepe Vargas consiga estabelecer uma articulação interministerial para livrar o Brasil da condição de “casa da mãe Joana” das multinacionais da insustentabilidade e da degradação do nosso patrimônio ambiental. E acelere o assentamento das famílias sem-terra acampadas à beira de rodovias, bem como a expropriação, para efeito social, de terras ociosas e também daquelas que utilizam mão de obra escrava.

Governo é, por natureza, expressão da vontade popular. E a ela deve servir. O que significa manter interlocução permanente com os movimentos sociais interessados nas questões ambiental e fundiária, irmãs siamesas que não podem ser jamais separadas.

Frei Betto é frede dominicano, escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser, de Conversa sobre a fé e a ciência (Agir), entre outros livros
 

quarta-feira, 14 de março de 2012

EDITAL P\ O CURSO DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS E FOCO EM GESTÃO TERRITORIAL



EDITAL DE SELEÇÃO

O Instituto de Cooperação Belgo-brasileira para o Desenvolvimento Social (DISOPBRASIL) e o Instituto Universidade Popular da Bahia (UNIPOP BAHIA) e a Coordenação Estadual dos Territórios da Bahia(CET) através do presente edital, abrem inscrição para o Curso de Formação em Desenvolvimento Territorial – com foco em Elaboração e Gestão de Projetos e outro com foco em Gestão Territorial, a realizar-se de forma modular, com um total de 120 horas/aulas, sexta e sábado de cada mês a partir do final do mês de março, durante o ano de 2012, em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) a qual certifica o curso e conta ainda com apoio de professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e da Universidade do Recôncavo da Bahia (UFBR):

 1. O Curso tem por objetivo principal contribuir para a qualificação dos representantes das organizações sociais e dos Municípios para o processo de desenvolvimento territorial sustentável;
2. O Curso será realizado na cidade de Feira de Santana, com 70 (setenta) vagas, em duas turmas;
3. A inscrição será feita por escrito, conforme anexos I e II até o dia 15 de março de 2012 - enviar para: Disopbrasil – a/c -Kelcilene de Souza Calixto(coord) no seguinte endereço: Rua Barão do Cotegipe nº1.750 - Centro, CEP  Feira de Santana – Bahia. Esclarecimentos pelos tels. (75)9133-3360-(Tim) -(75)3481-7794(fixo móvel)-(75)8127-6498(claro) – e-mail:disopbrasil.cidadania@yahoo.com.br
4. A Comissão de Seleção, composta por representantes do DISOPBRASIL, da CET e da UNIPOP, poderá, se julgar necessário, convocar candidatos(as) para entrevista;
5. O DISOPBRASIL assumirá os custos com material didático-pedagógico, espaço para realização do curso, equipamentos, pagamento aos facilitadores ,  alimentação e hospedagem dos participantes no dia de realização do evento em acomodações definidos pela coordenação;
6. Os(as) participantes e/ou suas organizações assumirão os custos com o deslocamento e complementação da hospedagem/alimentação;
7. O critério principal de seleção e matrícula é o engajamento e compromisso do(a) candidato(a) com o Território de Identidade, o que deverá ser comprovado por declaração escrita da coordenação do Território;
8. O Curso será realizado em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e a obtenção do certificado fica condicionada à participação mínimo em 80% (oitenta por cento) da carga horária e elaboração do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
9. Os resultados serão divulgados no período de 20 de março de 2012 no site do www.disopbrasil.org.br.
10.O I modulo será realizado dias   23 e 24 de março  em Feira de Santana.

José Nelio Monteiro Corsini         Ildes Ferreira de Oliveira      Ubiramar Bispo de Souza
Presidente do DISOPBRASIL         Presidente da Unipop         Coordenador da CET 

NOTICIAS DA CPT


Ano 25 - Goiânia, Goiás.                                   Edição nº. 04 de 2012 – De 14 a 28 de março.
Veja nesta edição:
- Quilombo Rio dos Macacos permanece sob ameaça de despejo
- Sob proteção da Força Nacional, produtora rural continua recebendo ameaças de morte
- Famílias sem terra ocupam fazenda no Distrito Federal
- Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas realiza manifestações em todo o país
- Manifestações marcam Dia Internacional de Luta contra as barragens
- Crime contra extrativistas do Pará pode ir a júri popular ainda neste ano
- Número de assentamentos apresenta pior resultado em 16 anos
- Organizações Sociais e Fiocruz lançam Dicionário da Educação no Campo
- Indígenas e ruralistas participam de debate no Senado Federal
- 16 de março: Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas
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Quilombo Rio dos Macacos permanece sob ameaça de despejo
Ainda que a ordem de desocupação da comunidade de Rio dos Macacos (BA), marcada para o último dia 4, não tenha sido executada, moradores do Quilombo vêm sofrendo constantes ameaças e intimidações. De acordo com nota das Pastorais Sociais do Regional Nordeste III, no dia 3 de março, tratores da Marinha do Brasil e policiais militares cercaram casas e ameaçaram moradores. Cerceados de sua liberdade, precisam passar por guaritas da Marinha, que nem sempre liberam a passagem, para chegar até a cidade. Membro da comunidade, Rosimeire dos Santos, denunciou durante seminário promovido pelo governo federal e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no dia 8 de março, que fuzileiros atiraram em seu irmão, um senhor de 61 anos que tentou passar pelo bloqueio para chegar até a cidade. Segundo ela, doentes são impedidos de sair para irem ao médico, casas são incendiadas e crianças já foram espancadas. Mesmo com a decisão de revogar a ordem de despejo por cinco meses, os moradores do Quilombo vivem com a incerteza em relação ao seu futuro e se a revogação será de fato cumprida. Um abaixo-assinado pela manutenção da posse e titulação do Quilombo Rio dos Macacos circula na internet, já com mais de 2.700 assinaturas. O abaixo-assinado está disponível no endereço: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N21495 (Fonte: CPT Bahia e Racismo Ambiental)
Sob proteção da Força Nacional, produtora rural continua recebendo ameaças de morte
Produtores rurais de Lábrea, cidade da região sudoeste de Amazonas, estão sendo ameaçados e agredidos a mando de grileiros e madeireiros da região. No município, localizado no fim da Transamazônica, lotes individuais e assentamentos demarcados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) são disputados pelo crime. Oficialmente, existem 12 registros de pessoas ameaçadas devido a conflitos pela posse da terra, um recorde no Estado, mas o número pode ser ainda maior. A produtora e líder rural Nilcilene Miguel de Lima, recebe ameaças de morte desde 2009 por denunciar as quadrilhas que agem na cidade. Mesmo tendo conquistado recentemente a inclusão de seu nome no programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos e a proteção 24 horas da Força Nacional, Nilcilene ainda teme por sua vida. A presença dos policiais não intimida o crime: caminhões carregados de madeira retirada ilegalmente continuam circulando pela cidade e pistoleiros mantêm a intimidação aos produtores rurais. De 23 nomes que tiveram mandados de prisão preventiva decretados devido a suspeita de extração ilegal de madeira, grilagem de terras públicas, lesões corporais e ameaças de morte, cinco foram presos. Atualmente, todos já estão em liberdade. “Enquanto os meninos [Força Nacional] estão aqui, eles estão quietos. Mas depois vai descarregar em dobro em cima da gente. Enquanto não prender, não muda. Mas também não adianta esse negócio de prender e soltar ali adiante”,  afirma Raimundo, marido de Nilcilene. (Fonte: Portal Pública)
Famílias sem terra ocupam fazenda no Distrito Federal
Trabalhadores rurais sem terra ocuparam no dia 8 de março a fazenda Toca da Raposa, em Planaltina (DF), como parte das ações da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas 2012. A área onde as 600 famílias estão acampadas pertence ao Governo do Distrito Federal e foi palco da apreensão pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de mais de meia tonelada de agrotóxico contrabandeado, em 2004. Os trabalhadores reivindicam a destinação da terra para o assentamento, a aceleração do processo de Reforma Agrária e afirmam que a área pertencente à União foi grilada pelo produtor de soja Mário Zanatta. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denuncia que desde o dia 9 de março, homens armados intimidam de forma agressiva os camponeses, em sua maioria mulheres e crianças. As ameaças já foram encaminhadas ao ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho. (Fonte: MST)
Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas realiza manifestações em todo o país
Mulheres ligadas à Via Campesina realizaram, no dia 8 de março, protestos em 12 estados e no Distrito Federal como parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas. Elas cobram a efetiva realização da Reforma Agrária, um novo modelo agrícola baseado em pequenas propriedades e denunciam os prejuízos causados pelos agrotóxicos à saúde de trabalhadores e consumidores. As camponesas ainda exigem que a presidente Dilma Rousseff vete as alterações no Código Florestal, que protege quem cometeu crimes ambientais em detrimento do meio ambiente e da agricultura familiar. As mobilizações aconteceram em Pernambuco, Sergipe, Ceará, Alagoas, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Santa Catarina, Pará, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Quatro ocupações, três protestos em sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e quatro marchas também fizeram parte da Jornada. (Fonte: MST)
Manifestações marcam Dia Internacional de Luta contra as barragens
Nesta quarta-feira, 14 de março, atingidos por barragens de todo o país estarão unidos no Dia Internacional de Luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). As ações acontecem do dia 12 a 16 com o objetivo de denunciar o atual modelo de produção de energia e apoiar a luta dos trabalhadores do setor energético. A construção de barragens causa prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e às populações atingidas, que não recebem apoio do Estado. O MAB reivindica os direitos dos atingidos, como a implantação de uma política adequada de reparação de suas perdas, além de outros pontos como o fim da construção de barragens, a renovação das concessões do setor elétrico e a redução das tarifas de luz em todas as residências do país. (Fonte: MAB)
Crime contra extrativistas do Pará pode ir a júri popular ainda neste ano
Acusados pelo assassinato do casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo foram pronunciados pelo juiz da comarca de Marabá (PA) e poderão ir a júri popular. Esta é a primeira vez que acusados de crimes contra lideranças rurais são pronunciados em menos de um ano após o assassinato, ocorrido em 24 de maio de 2011, no projeto de assentamento Praia Alta Piranheira, em Nova Ipixuna (PA). Os pistoleiros agiram a mando de um fazendeiro da região que havia comprado ilegalmente 144 hectares no interior do projeto de assentamento e expulsado as três famílias que moravam na área e aguardavam para serem assentadas. A ação foi denunciada por José Cláudio e Maria do Espírito Santo, que trabalhavam há mais de 20 anos na defesa da floresta e contra a ação criminosa de grileiros, madeireiros e carvoeiros. Se condenados pelo tribunal do júri, a pena de cada um dos acusados pode chegar a 60 anos de prisão. (Fonte: CPT Marabá)
Número de assentamentos apresenta pior resultado em 16 anos
De acordo com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o programa de Reforma Agrária do governo da presidente Dilma Rousseff apresentou o índice mais baixo de assentamentos em 16 anos. Em 2011, foram assentadas 22.021 famílias em todo o país. O estado que apresentou os piores resultados foi Pernambuco, onde 102 das cerca de 15 mil famílias acampadas foram assentadas. Do total de assentamentos, apenas 7 mil foram em áreas desapropriadas especificamente para a Reforma Agrária, o restante seria resultado da regularização de lotes fundiários abandonados ou ocupados irregularmente. O melhor índice aconteceu em 2006, quando 136.358 famílias foram assentadas. (Fonte: O Estado de S. Paulo)
Organizações Sociais e Fiocruz lançam Dicionário da Educação no Campo
A Via Campesina Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançaram neste mês o Dicionário da Educação do Campo, publicação que reúne 113 verbetes relacionados ao meio rural. A explicação de termos como questão agrária, soberania alimentar, pensamento de Paulo Freire e agroecologia, busca auxiliar os professores e contribuir para a qualidade de ensino nas escolas do meio rural. Produzido de forma voluntária e coletiva por pesquisadores e militantes de movimentos sociais, o Dicionário também conta com comentários de especialistas em cada tema abordado. No total, 107 autores participaram da obra, que está disponível no site da Fiocruz (www.epsjv.fiocruz.br) e da Editora Expressão Popular (www.expressaopopular.com.br). (Fonte: Brasil de Fato)
Indígenas e ruralistas participam de debate no Senado Federal
Lideranças indígenas, a bancada ruralista e representantes do latifúndio de Rondônia participaram, no último dia 8, de um debate sobre a demarcação de terras indígenas na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, em Brasília. Em sua fala, o representante da Articulação dos Povos Indígenas Brasileiros (Apib), Eliseu Guarani Kaiowá, alertou que ao contrário do que afirmou o senador Waldermir Moka (PMDB/MS) não existe convivência pacífica entre indígenas e fazendeiros da região. Segundo o indígena, 250 Guarani Kaiowá foram assassinados entre os anos de 2003 e 2010 no Mato Grosso do Sul. Também participaram do debate representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Sindicato dos Pecuaristas de Porto Velho. Os indígenas reivindicam a posse permanente de seus territórios tradicionais, a aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas e da lei que cria o Conselho Nacional de Política Indigenista, dentre outros pontos. (Fonte: Cimi)
16 de março: Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas
Institucionalizado em dezembro do ano passado pela Lei nº 12.533, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas é comemorado nesta sexta-feira, 16 de março. A data tem o objetivo de promover o debate nas escolas sobre as profundas alterações no clima do planeta devido à ação predatória do homem no meio ambiente. Entretanto, o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social defende que a discussão deve ultrapassar os limites do ambiente escolar e chegar até os políticos que decidem o futuro do país, que aprovam mudanças no Código Florestal e colocam em risco a preservação da biodiversidade, aqueles que anistiam criminosos que devastam o meio ambiente. O Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas fortalece o momento de luta representado pelo mês de março e as mobilizações promovidas pelo Dia Internacional da Mulher (8) e o Dia Internacional de Luta contra as barragens (14). (Fonte: Instituto Humanitas Unisinos)

terça-feira, 13 de março de 2012

JUVENTUDE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO CAMPO


Jovens discutem propostas para o desenvolvimento sustentável do campo
Posted: 07 Mar 2012 03:13 PM PST

Ministro Afonso Florence falando da importância da juventude rural para o desenvolvimento do campo. Foto: Andrea Farias/MDA


Da Página do MDA.
“Eu só vou à cidade quando tenho alguma expectativa de proporcionar melhorias para o campo”. A frase é do agricultor e estudante Oscar Alan Gomes, 23 anos, morador do município de Pão de Açúcar, em Alagoas. Ele veio a Brasília participar do Seminário Temático da Juventude Rural, realizado nesta segunda e terça (5 e 6 de março) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com o tema “Ater para a agricultura familiar, reforma agrária e o desenvolvimento do Brasil Rural”, o evento debate diretrizes para as políticas públicas voltadas para a juventude rural.

Nesta terça-feira (6), o ministro Afonso Florence fez questão de se encontrar com os jovens rurais. “O nosso grande desafio é universalizar os serviços de Ater, e universalizar é tratar os desiguais de forma diferente”, frisou. Florence ressaltou a importância de levar o debate sobre as políticas voltadas para a juventude rural para a 1ª CNATER. “É fundamental aperfeiçoarmos a política de Ater para que a juventude e demais segmentos acessem os instrumentos disponíveis e os aperfeiçoem. A Ater é de importância fundamental e com certeza a juventude vai protagonizar importantes decisões na conferência”, declarou.

A estimativa é que 7,8 milhões de jovens morem na zona rural do país. Assim como Oscar, muitos deles estão se mobilizando para que essa juventude permaneça no campo e colabore para o  desenvolvimento sustentável do interior do Brasil. “Os serviços de assistência técnica são muito importantes nesse processo. Nós sabemos muito da produção na prática, mas precisamos de acompanhamento técnico que priorize a extensão rural, que vai manter o jovem no campo”, afirma.

O jovem agricultor concilia o cultivo de grãos e a criação de pequenos animais do sítio da família com as atividades do sétimo semestre da faculdade de pedagogia. “Quero me especializar em educação no campo para fortalecer minha luta pela permanência dos jovens na zona rural. Meu sonho é ouvir o jovem dizer que não tem vergonha de ser rural e assumir sua identidade”, conta.

Kleiton Albuquerque, 25 anos, compartilha do pensamento de Oscar. “A Ater agrega valor na produção, contribuindo diretamente na qualidade de vida no campo”, diz o jovem agricultor familiar. Kleiton mora no município de Cabaceira, a 190 quilômetro de João Pessoa (PB). Lá, ele ajuda o pai na criação de bodes. “Com a minha experiência, percebi que a assistência técnica voltada para a juventude contribui para que os jovens consigam enxergar novas formas de manejo, novas técnicas, novas perspectivas de vida”, revela.

Para potencializar a criação familiar, Kleiton decidiu cursar veterinária. “Meu pai é o veterinário prático da região, vacina todos os animais, mas não tem conhecimento formal. Quero me especializar para colaborar com o desenvolvimento da produção de animais no campo”, justifica.

Extensionista rural há 12 anos, Germano de Barros, 29 anos, do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), acredita que “a Ater precisa ver o jovem como profissional”. “A agricultura não é só uma questão de aptidão, mas sim de profissionalização. Se o jovem tiver recursos, ele vai querer permanecer no campo, e a assistência técnica precisa ter essa visão e identificar as potencialidades da juventude rural”, ressalta. 

Diretrizes 
Devido a essa importância, faz-se fundamental discutir as políticas voltadas para juventude rural, especialmente as relacionadas à Ater. “A juventude rural é um dos maiores grupos etários organizados no campo. Este seminário foi o primeiro momento em que a juventude rural sentou para debater a política nacional de Ater. Saímos daqui entusiasmados com a perspectiva que a colocaremos a fundo o tema da juventude no centro do de bate das políticas públicas”, afirma a assessora especial da Juventude do MDA, Ana Carolina Silva.

Cerca de 40 lideranças jovens de diversos cantos do Brasil participaram do seminário. Os participantes discutiram proposições de modificações e criação de políticas públicas direcionadas ao setor. As propostas serão levadas para a 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (1ª CNATER), que acontece em abril, em Brasília.

Objetivos específicos 
O Seminário Temático da Juventude tem como objetivo motivar, envolver, organizar e qualificar a participação política da juventude rural na 1ª CNATER - Conferência Nacional da Assistência Técnica e Extensão Rural estabelecendo estratégia da participação dos jovens que estão na ponta do processo nas decisões das conferências territoriais e estaduais.

O MDA pretende incluir as proposições que surgirem dos debates no Documento Base da CNATER, estabelecer estratégias de participação para aprimorar o debate acerca dos temas de interesse da juventude rural nas conferências territoriais e estaduais. Além disso, espera-se ter maior participação dos jovens na conferência nacional através da eleição de delegados e delegadas jovens nas conferências estaduais.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ampliada da PJB Nordeste III, em Bom Jesus da Lapa-BA

PJs do Regional Nordeste III realizam Ampliada na Bahia.
Posted: 19 Feb 2012 06:51 AM PST

                                                        Por Deisy Rocha Farias (Do Site da PJ Nacional).
Ocorreu entre os dias 10 e 12 de fevereiro, na cidade de Bom Jesus da Lapa-BA, a Ampliada das Pastorais da Juventude do Brasil – PJB (PJMP, PJ, PJE e PJR) do regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe). Momento em que as PJ’s se reúnem para rezar, rever, partilhar as caminhadas feitas com as juventudes do regional e onde é traçado ainda os caminhos para o futuro.
 
            Com a presença de 14 dioceses e animados pelo tema ”CIRANDA DA COMUNHÃO E PARTICIPAÇÃO”, as juventudes foram embaladas na ciranda dançar e cantar em ser Pastorais da Juventude. “uma música que ainda nos irmana e que justifica a nossa missão e doação na construção do reino...” A iluminação bíblica que nos guiou foi “E como há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, pois participamos todos deste único pão.” (1 Cor 10, 17)
             No primeiro dia dançamos a Ciranda da lua, da luz e das Cores, momento em que os/as jovens se apresentaram e conheceram um pouco mais da luz e cor de cada específica que colorem o regional.
            No segundo dia, logo no despertar dançamos a Ciranda do sol onde rezamos e fomos abençoados para seguir as atividades que se estenderiam por todo o dia. Logo a seguir, com a presença do bispo da diocese de Bom Jesus da Lapa e bispo referencial para a juventude do NE3, Dom Walmor César Teixeira, a ex-secretária nacional da PJ, Hildete Emanuele e com mediação do articulador regional da PJB, Eric Gamaliel, foi realizada uma mesa redonda com o objetivo de traçar um olhar sobre o caminho da PJB no regional.  Inicialmente, Eric Gamaliel iniciou fazendo uma retomada deste primeiro à frente da articulação, o caminho percorrido desde a Ampliada 2011 em Vitória da Conquista até aqui.

Ambos os palestrantes começaram a sua reflexão a partir da sua caminhada pastoral. Hildete trouxe as flores do caminho, os milhares de jovens do Brasil que buscam evangelizar e serem evangelizado. São milhares de vidas jovens que são apaixonados e não medem esforços para ir ao encontro do Cristo. São jovens que se esforçam, mesmo sem condições financeiras para viajar, comer, mas que se tornam alimento para superar as dificuldades da caminhada da evangelização. ”A PJB regional é única na sua mística, no seu aconchego, no seu jeito de rezar. Precisamos mostrar isso para o Brasil, para a América Latina.”
Dom César retomou a sua juventude, na qual acompanhou e viveu a emoção dos muitos momentos históricos que a juventude do Brasil passou até chegar nesta organicidade atual. Sobretudo as pastorais da juventude que sofreu inúmeras mudanças na sua caminhada. Mas dois momentos se destacaram na fala de Dom César, primeiro, “O que nós iremos fazer com os milhões de jovens de nosso regional que não estão inseridos na caminhada da Igreja?” fazendo uma referência ao grande número de jovens que ainda não estão inseridos na caminhada do Reino de Deus e que os jovens evangelizadores das pastorais precisam atingi-los. O segundo momento importante da sua fala foi quando tratou da necessidade de uma aproximação maior entre a juventude e os bispos. “É preciso se aproximar, afetivamente, intelectualmente... É preciso conquistar alguns bispos e alguns jovens também.” Para este momento Dom César encerrou sua fala com uma frase de Dom Bosco, “Basta que sejais jovens para que eu vos ame” Dom Bosco.
            O encontro seguiu com a assessoria temática feita por Hildete Emanuele, onde os/as jovens entraram de fato na Ciranda da Comunhão e Participação. Com muita dinâmica e mística que as PJ’s do regional possuem, os/as jovens participantes da Ampliada refletiram sobre a linda experiência de viver em comunhão pastoral. Ao fim do segundo dia, embalados com cantos que animam a caminhada do povo de Deus, dançamos a Ciranda da Terra e das águas às margens do rio São Franscisco, o Velho Chico. Momento também muito marcante da mística que as PJ’s do regional puderam vivenciar. Seguimos em caminhada pelo chão místico e carregado de muita fé da cidade de Bom Jesus da Lapa rumo à gruta do Bom Jesus, onde celebramos e renovamos a nossa fé. Celebração esta que foi presidida por Dom César. À noite dançamos a Ciranda da Partilha e da alegria.
No último dia de Ampliada, ainda embalados pelas cirandas que tanto animam a caminhada pastoral houve o momento das pastorais se reunirem de forma mais particular para traçar metas e avaliar a caminhada, seguido dos encaminhamentos para o calendário 2012, o Projeto Político Pastoral - PPP, o Curso de Formação de Assessores – CUFA regional a ser realizado entre os dias 23 a 26 de fevereiro na cidade de Feira de Santana, o processo de criação do Centro de Juventude do regional, o site da PJB, a Jornada Mundial da Juventude.
 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Atividades da PJR \ RN

Em Apodi/RN reunião marca retomada da organização da PJR.
Posted: 18 Feb 2012 11:50 AM PST

Representantes de 15 grupos dejovens estiveram reunidos na manhã deste sábado (11), na Sede do Sindicato dosTrabalhadores Rurais de Apodi/RN, para discutir a organização da Pastoral daJuventude Rural.
Jovens discutindo temas da realidade rural.

O encontro foi animado peloMinistério de Louvor da Paróquia de Apodi. Os jovens discutiram a realidade dajuventude rural da região, concluindo que as conquistas que garantem um bemestar para a população rural de Apodi é fruto da organização popular. Tambémforam apresentados dados sobre a realidade da juventude rural no Brasil, ondefoi visto que existem no nordeste brasileiro mais de um milhão de jovens ruraisvivendo numa situação econômica muito difícil.

Para uma das coordenadoras da PJR/RN, MayaraSuelirta, “o encontro foi positivo. Em Apodi temos várias organizações juvenis.Precisamos fortalecer a organização da juventude rural e a PJR é uma ferramentapara animar e engajar a juventude do campo”.
Desafios não intimidam a animada juventude rural de Apodi.

Um dos primeiros desafios daequipe é ajudar na articulação do Encontrão Diocesano da PJR, que serárealizado em parceria entre as diferentes paróquias da Diocese de Mossoró.Outro desafio é articular lideranças para participar da Escola de Formação daPJR Regional Nordeste II, que acontecerá em abril, na Diocese de Floresta/PE.
Em Viamão/RS, jovens camponeses realizam Escola de Formação.
Posted: 18 Feb 2012 11:17 AM PST

Jovens de diferentes regiões do RS se encontraram para participar do EscolaEstadual de Formação da PJR, realizada entre os dias 8 a 12 de fevereiro noAssentamento Filhos de Sepé em Viamão/RS.

Jovens estudaram, discutiram e conheceram as belas paisagens do Assentamento.

Durante estes dias os jovens discutiram temas como: Conjuntura e asituação da Juventude da Roça; História da PJR; Mística e identidade; Grupos deProdução e Resistência. O momento também foi aproveitado para discutir aproposta do 3º congresso nacional da PJR, que poderá serrealizado em 2013.

Para o coordenador estadual da PJR, Juliano Pisoni (vulgo Sassá) oencontro já tem resultados imediatos na organização da juventude: “Achei que ajuventude bem animada para tocar o trabalho na base e hoje um jovem que estavana escola ligou para a secretaria para começar um GPR”, assinalou Juliano.

Esta Escola de Formação faz parte do Plano Estadual de Formação da PJRGaúcha. 
Símbolos da caminhada cristã presentes na Escola de Formação.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Espera Feliz-MG, 22 de janeiro de 2012.
Hoje a noite haverá uma celebração de homenagem a diversos martires de varias partes do Brasil.
Essa celebração será feita pelos jovens de diversos Estados do Brasil
Zumbi,  Pe Josimo, Ché, Antonio conselheiro, Irmã Dorate, Dom Helder Câmara, São Sapé, Beato José lourenço, Dom José Gomes, Chica Pelega, Verino Sosai, João Maria, Dom Luciano, entre esses estará também a companheira da Bahia, Eliane Oliveira que foi da Secretaria de Juventude da FETRAF-BA/CUT

X SEMINARIO NACIONAL PJR

“A visita foi muito importante para saber quais são os desafios de quem produz agroecologicamente. É interessante perceber que ele consegue fazer toda produção agroecológica, consegue sustentar sua família e manter um equilíbrio bacana entre agricultura e meio ambiente” destacou a potiguar Mayara Suelirta.



O X Seminário Nacional da PJR seguirá até o dia 25 de janeiro. Os mais de 100 jovens presentes de diferentes regiões do país seguem animados discutindo questões pastorais de cuidado da vida dos jovens e do meio ambiente.
Na ensolarada tarde mineira de sábado (21), o Bispo de Diocese de Caratinga/MG, esteve presente no X Seminário Nacional da PJR, deixando sua mensagem de acolhida e animação para o trabalho pastoral. 
O Bispo se colocou de “coração aberto” com os jovens camponeses, como uma “presença amiga, de quem acolhe”.Em sintonia com o tema “A Mãe Terra grita por Agroecologia”, Dom Emanuel mencionou a importância de se realizar trabalhos em defesa da vida. “É a vida que está em jogo. É necessário defender a vida da morte que vem com os agrotóxicos e também com as barragens e outros projetos”.

Dom Emanuel proferiu a mensagem se referindo ao Evangelho de São Mateus: “Não temais” diante dos desafios que se apresentam pra juventude. “Estamos motivando os padres para uma abertura maior a tudo que venha a defender a vida da juventude” concluiu o Bispo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Seminário Nacional da PJR


Minas Gerais receberá o X Seminário Nacional da PJR.
A Evangelização da Juventude e a agroecologia serão temas centrais desta atividade nacional.




Começará na terça-feira (18) o X Seminário Nacional da PJR, na cidade de Espera Feliz, Diocese de Caratinga/MG. São esperados mais de 150 lideranças de grupos de jovens rurais de todo o país. Com o lema “A MãeTerra grita por agroecologia” este seminário pretende debater alternativas de produção agrícola numa perspectiva sustentável, inspirados em valores evangélicos.

“Já fazem alguns anos que a PJR discute a criação de alternativas para o jovem poder desenvolver na roça. Os GPR - Grupos de Produção e Resistência - fazem parte desta iniciativa e é um bom momento para compartilhar estas experiências em nível de Brasil. O tema de produzir sem agrotóxicos, que agridem o meio ambiente e as pessoas, é urgente. ”comentou Gilmar Andrade, que desenvolve uma experiência de GPR juntamente com seus irmãos e amigos do grupo de jovens da comunidade de Riacho da Onça, situada no município baiano de Monte Santo.

“Será um espaço de troca de experiências agroecológicas e pastorais. Além de estudar temas ligados a questão da agroecologia, a pauta da evangelização da juventude estará presente, pois serão estudado os documentos da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB em vista de uma caminhada pastoral mais orgânica e também a Jornada Mundial da Juventude”, afirmou Laécio Viera, um dos organizadores do evento.

A atividade vai até o dia 25 de janeiro e terá cobertura completa por este blog. Fique ligada e ligado!
 VVVV